segunda-feira, 19 de abril de 2010

Tecnologia permite ver além da tela da TV

O sistema Surround usa várias caixas de sons para que o espectador consiga escutar barulhos vindos de direções diferentes, fazendo com que o realismo dos filmes seja maior. Santiago Alfaro, aluno do Media Lab, laboratório do MIT (Massachusetts Institute of Technology), estudava as possibilidades de uso da câmera do celular como interface quando teve a ideia de aplicar o conceito surround no vídeo. A tecnologia Surround Vision, em desenvolvimento, funciona com smartphone ou aparelhos portáteis que permitam conexão com a internet. Ela torna possível que o espectador da TV consiga ver outros ângulos do filme que está na TV no aparelho portátil.

O estudante posicionou três câmeras na rua em frente ao laboratório. As imagens da TV foram gravadas pela câmera central. Quando ele mira o smartphone para alguns dos limites da tela do televisor, as imagens capturadas pelas câmeras secundárias aparecem na tela do celular, como continuação da imagem principal.

Por exemplo, enquanto várias pessoas estão reunidas em volta da televisão assistindo a um jogo de futebol - a tela do televisor está mostrando onde está a bola -, quem tiver o smartphone habilitado para a surround vision poderá mirar a câmera do aparelho para um dos limites da tela grande e automaticamente, o celular começa a mostrar cenas que estão acontecendo fora dos limites da imagem principal. Os pesquisadores explicam que a tecnologia também poderia ser usada para ver takes alternativos de filmes sem alterar o conteúdo principal.

A maioria dos celulares vêm com o acelerômetro - instrumento que detecta movimentos. No entanto, para captar movimentos mais sutis, é preciso um dispositivo mais sensível. Por isso, Alfaro utiliza um magnetômetro - instrumento que mede campos magnéticos. Os pesquisadores instalam o magnetômetro e um software que interpreta suas informações em aparelhos portáteis que já existem. Alguns smartphones mais novos, como a versão mais recente do iPhone já vem com o magnetômetro.

A pesquisa procurao parcerias para atingir escala comercial. "Estamos olhando para os esportes, programação infantil, desenhos, programas de entretenimento comuns", diz o chefe do laboratório Michael Bove.




Fonte: Galileu