quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Estudantes criam garrafa que transforma água do mar em potável

Figura em: O Puri, como é chamada a garrafa que filtra água, usa a tecnologia de osmose reversa Foto: Divulgação

Lembra do filme Náufrago, protagonizado por Tom Hanks? Caso a resposta seja sim, tente se colocar, só por um momento, na difícil condição do personagem Chuck Noland, o engenheiro de sistemas que sobrevive a um acidente de avião e vai parar em uma ilha desabitada no Oceano Pacífico. Já imaginou ficar sem água potável?

Pois os sul-coreanos Younsun Kim, Kangkyung Lee, Byungsoo Kim e Minji Kim, da Universidade de Yonsei, na Coreia do Sul, pensaram em casos semelhantes de emergência no mar ao desenvolveram um sistema de filtragem e purificação de água portátil que promete transformar água do mar em água potável.

Segundo o site Fastcoexist, O Puri, como é chamada a garrafa que filtra água, usa a tecnologia de osmose reversa. O item é projetado para uso em barcos ou situações de emergência no mar, em que as pessoas podem precisar de água para não se desidratarem ou até mesmo morrerem. Com esse equipamento, elas podem beber a água do mar.

A utilização é simples: o usuário só precisa bombear um êmbolo (dispositivo que desliza em um e outro sentido no interior de um cilindro) e pressurizar a água salgada, empurrando para a câmara de filtragem. Em seguida, a água doce entra em outra câmara, pronta para ser consumida.

A iniciativa concorre ao Prêmio Idea 2013, um dos mais importantes do mundo em inovação em design.

Assista no vídeo abaixo como funciona:


Fonte: Ibahia

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Paraíba terá o maior laboratório a céu aberto do país para gerar energia fotovoltaica

Na primeira metade da década de 70, a UFPB montou um laboratório revolucionário para a realidade científica do País. O Laboratório de Energia Solar (LES) mirava um futuro onde as energias limpas dominariam o planeta. Em quatro décadas de atividades, os avanços foram poucos, devidos à escassez de recursos para pesquisas e ampliação do laboratório. A falta de verbas também inviabilizou a produção de protótipos e, consequentemente, a oferta comercial de produtos criados pelos pesquisadores, como geladeiras, fogões e até equipamentos de ar-condicionados movidos a energia solar. (Ao lado um figura em: UFPB terá maior laboratório de energia solar do Brasil)

A partir de 2011, ano da criação do Centro de Energias Alternativas e Renováveis (a partir da junção do LES com o Departamento de Engenharia Elétrica do CT), o LES recebeu uma verba federal de R$ 7 milhões, sendo de R$ 4,2 mi em construção civil, R$ 1,8 mi em equipamentos, e R$ 1 mi na construção do maior laboratório a céu aberto do Brasil em energias solar fotovoltaica. Esse laboratório será a cobertura das edificações do CEAR e tem a perspectiva de gerar 300 KWH através da conversão da energia solar em energia elétrica.

O pesquisador Zaqueu Ernesto lembra que, em 40 anos, o LES passou por situações financeiras críticas, principalmente na década de 80 e 90. “Nas décadas de 80 e 90, o País não investiu nas pesquisas e no desenvolvimento das energias renováveis. O LES passou por esse período crítico, onde sobreviveu através de recursos orçamentários de custeios da UFPB para sua manutenção e de esforços individuais dos pesquisadores juntos às agências de fomentos, onde os recursos eram oriundos do orçamento da UFPB e do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPQ) e Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

Para o professor Rogério Kluppel, apesar da melhoria na última década, os incentivos do Governo Federal sempre foram insuficientes. “O governo brasileiro sempre investiu muito pouco em projetos de energia solar. Na maioria das vezes, foi o esforço pessoal de cada professor, se especializando no exterior, que fez com que avançássemos nas pesquisas”, disse. O laboratório não tem verbas o suficiente para pesquisas e construção de protótipos, por exemplo. Pior: a interiorização dos estudos (principalmente no Cariri e no Sertão) é inviabilizada pela falta de estímulo federal. Traduzindo: falta dinheiro para o processo de interiorização, embora Cariri e Sertão da Paraíba registrem as maiores incidências de luz solar do País e temperaturas altíssimas. O professor Rogério Kluppel, da UFPB, conta que um laboratório chegou a ser montado em Olivedos, no Sertão, mas faltou verbas para a manutenção.

Foram quatro décadas jogadas fora? Não. Claro que não. E temos sim muito o que comemorar na área de pesquisas sobre energia solar. Projetos desenvolvidos na Paraíba tornaram-se sucesso em outras regiões do País, principalmente nas regiões Sudeste e Sul. Kluppel lembra que um dos principais projetos desenvolvidos nas ultimas quatro décadas pelo LES foi o sistema de aquecedores de água solar, que foi estudado inicialmente na década de 70 na Paraíba e deu tão certo que foi espalhado pelo Brasil.

Ele explica que o aquecedor solar não deslanchou no Estado, apesar de ter sido inicialmente estudado e aprimorado aqui, porque a necessidade era maior em outras regiões do Brasil, mais frias. “O aquecedor se popularizou depois de 20 anos e é fabricado em todo o País. Hoje, já começa a ser utilizado na Paraíba. Temos até uma fabrica de aquecedores em João Pessoa, para ser usado em chuveiro, banheira, lavatório, cozinha e etc”, frisou. Segundo o professor o aquecedor solar começou a ser mais utilizado no Estado depois que a energia elétrica ficou mais cara, logo depois do apagão de 2001.

Ar-condicionado

Imagine uma fonte de energia solar que promove calor e aquecimento sendo utilizada para produzir frio. Está é uma realidade para os professores e pesquisadores do Centro de Energias Renováveis (CEAR) da UFPB. Há uma década eles vêm trabalhando num projeto para criação de um ar condicionado solar. De acordo com o professor pesquisador CEAR, Rogério Pinheiro Kluppel, a elaboração do equipamento é possível, entretanto é necessário avançar nas pesquisas de campo, para que o aparelho seja aprimorado e possa ser vendido no mercado. “Trabalhamos neste projeto há dez anos, interrompemos os testes, logo depois que começou a reforma do centro, entretanto pretendemos retornar o protótipo assim que as obras forem concluídas”, disse o professor.

O sistema que também é conhecido como ar-condicionado dessecante, consiste no condicionamento de ar onde a redução da temperatura e controle do ar da umidade, que é secada com energia solar e logo depois revertida em massa fria. “No caso da instalação de um equipamento deste pode gerar uma economia de até 40% nas contas de energia, além disso, devo lembra que a região nordeste do Brasil é a melhor para se utilizar energia solar, devido ao clima quente de poucas chuvas”, frisou o professor.

De acordo com o acadêmico a base do equipamento é a secagem solar e reumidificação do ar que é controlado através de coletor solar. “Necessitamos de mais pesquisas para viabilização deste projeto, estamos dez anos trabalhando nisso, temos varias teses de doutorado nesta área, entretanto as pesquisas estão paradas devido à reforma do prédio, também tivemos problemas como um das partes que foi mal projetado e agora estamos construindo outro protótipo”, explicou o professor.

Conversão

As pesquisas de transformação de energia solar em energia elétrica no LES só começam a ser exploradas agora, com a criação do Cear, onde os estudantes de Engenharia Elétrica deram o pontapé nas primeiras pesquisas. O professor Zaqueu Ernesto explica que atualmente existem duas tecnologias de conversão de energia solar em energia elétrica: a conversão térmica e a fotovoltaica. No entanto, ambas não foram muito aprofundadas nem na Paraíba nem no âmbito nacional.

“O LES realizou pesquisas no parte de coletores por concentração e em superfícies seletivas que servem para captação da energia solar para produção de vapor, que é utilizado nas usinas termossolares. Mas, na conversão fotovoltaica, formamos pessoas que, posteriormente, foram trabalhar no exterior. Não só o LES, mas em todo o Brasil, as pesquisas em fotocélulas são ainda incipientes”, argumentou.

O professor ainda esclarece que a conversão térmica é bem mais simples que a fotovoltaica, por isso ainda não houve viabilização do uso da nossa energia solar em eletrodomésticos, eletroeletrônicos e automóveis. “A energia solar é viável tecnicamente e economicamente para conversão térmica, ou seja, para aquecimento em diversos setores da economia. A conversão fotovoltaica, que é a conversão direta da energia solar em eletricidade, é modular e depende bastante da distância entre a rede convencional, da tecnologia e da aplicação”, explicou.

Mais econômica

Em João Pessoa algumas empresas resolveram aderir ao uso de energia solar, o Ambassador Flat, localizado na beira mar do Cabo Branco, utiliza a tecnologia há dez anos. Segundo José Inácio Pereira, diretor do Flat, eles resolveram utilizar este tipo de tecnologia porque além de gerar economia é um método ecologicamente correto. “Nosso sistema de água quente com energia solar, existe a uma década e funciona da seguinte forma: Sistema aquece a água em três tanques térmicos que acumula o liquido para ser utilizado durante o dia e noite, além disso, quando temos longos períodos chuvosos usamos o aquecedor a gás , que é uma opção para economizar energia”, disse o diretor.

No outro extremo, no interior do Estado, os projetos envolvendo energia solar não foram muito adiante, apesar de cidades do Cariri e Sertão terem altos índices de luminosidade e temperaturas elevadas. “O LES desenvolveu tecnologias que podiam ser aplicadas nessas áreas como, por exemplo, na cidade de Olivedo, onde foi feito um grande projeto de dessalinização de água. Mas a missão do LES foi apenas desenvolver a tecnologia e repassar para a sociedade. No entanto, projetos dessa natureza precisam de apoio político dos Governos Federais e Estaduais, pois envolvem recursos importantes para se tornar realidade. O LES tem a tecnologia e o conhecimento, mas precisamos de parceiros para levar esses benefícios para as regiões que tenham potenciais de utilizações dessa tecnologia”, revelou o professor Zaqueu Ernesto.

Fonte: Portal Correrio e Tribuna do Ceara

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Nicolelis divulga imagem de seu exoesqueleto robótico


O plano do neurocientista Miguel Nicolelis de fazer uma criança tetraplégica dar o chute inicial da Copa do Mundo de 2014 parece estar cada vez mais próximo da realidade.

O brasileiro publicou em seu perfil do Facebook uma imagem de como deve ficar o exoesqueleto robótico em que tem trabalhado nos últimos anos.

Nicolelis, um dos 20 maiores cientistas do mundo pela revista Scientific American, trabalha com uma equipe internacional de 170 pesquisadores no projeto Walk Again Project (Andar de novo, em tradução para o português).  

A equipe tem pesquisadores da Universidade de Duke, nos EUA, e do Instituto de Neurociências em Natal, dirigido por ele.

exoesqueleto
Nesses locais, diversas experiências são feitas com macacos e com um corpo artificial. O objetivo é devolver os movimentos a pacientes tetraplégicos e paraplégicos.

Esses experimentos colaboram para a construção de um exoesqueleto robótico, um corpo virtual. Esse exoesqueleto pode ser conectado ao cérebro do paciente, que então controlaria o equipamento como se fosse parte de seu próprio corpo.

Dessa forma, seria possível que um paraplégico chutasse uma bola, como planeja Nicolelis para 2014. Essa técnica faz parte de uma linha de pesquisa conhecida como interface cérebro-máquina, em que Nicolelis já teve resultados relevantes.

A imagem de Nicolelis no Facebook mostra os cinco módulos do exoesqueleto em construção e o seu backpack (mochila) de controle. O cientista afirmou que novas imagens serão publicadas ao longo desta semana.

Se uma pessoa paralisada conseguir dar o primeiro chute da Copa do Mundo, Nicolelis acredita que vai provar para o mundo algo muito importante. 

Segundo o cientista, o pontapé feito com uma perna robótica será capaz de mostrar que o Brasil é mais do que o país do futebol.

Fonte: INFO Exame

Robô móvel autônomo inspeciona cabos de transmissão

Demonstração do robô que anda pelo fio. Foto: Reprodução / Jsoe

O estudante de engenharia mecânica Nick Morozovsky, da Universidade da California San Diego, criou um robô construído com Arduino e componentes gerados por uma impressora 3D capaz de percorrer cabos de transmissão de forma autônoma.


O projeto batizado de SkySweeper custa menos de 1000 dólares e usa um motor com dois braços anguladas. Graças a um sensor acoplado ele consegue estimar o ângulo de abertura e se locomover com um movimento pivotante. O criador estima que possam ser colocados sensores para detectar falhas no isolamento do cabo e até pequenas rupturas. Possivelmente estes elementos extras sejam um sensor de medição de campo eletromagnético e uma câmera com visão infravermelho.

Morozovsky também acredita que o próprio cabo de transmissão de energia elétrica possa fornecer energia para seu robô (indução eletromagnética), permitindo que ele fique transitando por muitos dias sem intervenção.

Veja o vídeo de apresentação do robô:


Fonte: INFO Exame

IBM se une ao Google para alavancar venda de chips


A IBM anunciou uma parceria com o Google e outras empresas do segmento para licenciar a tecnologia de chip IBM Power. O consórcio, denominado OpenPower Consortium, vai fabricar servidores, redes e tecnologias de armazenamento baseada em chips para nuvem.

Hardware e software, de propriedade da IBM, estarão abertos para desenvolvimento e licenciamento de terceiros, informou a empresa em comunicado.

Segundo a Reuters, a aliança está disponível a qualquer companhia que queira inovar na plataforma. Até o momento, a designer de chips israelense Mellanox, a norte-americana Nvidia e a taiwanesa Computer Corp estão participando.

A Big Blue concorre com a Intel e a AMD no segmento de chips. A briga, aqui, é pelo mercado de servidores. Nesse setor, a tecnologia x86 (a mesma que equipa a maior parte dos computadores pessoais), tem 98% de participação. Os outros 2% são dominados principalmente pela IBM e sua tecnologia Power voltada a servidores high-end, usados para aplicações críticas. O problema da Big Blue é que sua fatia vem diminuindo ainda mais, e a lucratividade também.

O último trimestre registrou uma queda de 25% nos lucros em relação ao mesmo período do ano passado. A nova estratégia é uma tentativa de resposta ao problema. A ideia é ampliar o número de usuários da plataforma, por meio do licenciamento dos desenhos. O alvo da IBM é claro: trazer para o seu lado da mesa empresas de internet. O primeiro grande aliado é nada menos que o Google - o que, por si só, já faz com que a iniciativa ganhe peso. O gigante de buscas, no entanto, não entrou em detalhes sobre o quanto de sua infraestrutura deve ser migrada da tecnologia x86 para a tecnologia Power.

"Pela primeira vez os hardware e software Power estarão disponíveis para desenvolvimento, assim como o Power IP poderá ser licenciado por terceiros. A ideia é expandir o ecossistema de inovação da plataforma", disse a porta-voz da companhia. "O consórcio tem o potencial de estabelecer a arquitetura Power como uma opção viável para aplicações em execução dentro do centro de dados do Google". 

Fonte: Olhar Digital