segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Sistema permite controlar PC e tablet apenas com os olhos

G1 testa tecnologia durante evento de prévia da CES 2012.
Sensores devem chegar ao mercado em dois anos, diz executiva.

Depois de que as telas sensíveis ao toque, que permitem acessar quase qualquer tipo de conteúdo com os dedos, tornaram a tecnologia mais acessível, o próximo passo é usar os olhos para controlar o computador. Um sistema com esse recurso foi apresentado na prévia da Consumer Electronic Show 2012, realizada no último domingo (8).

Em desenvolvimento desde 2001 pela Tobii, esse sistema rastreia o olho de modo similar ao usado pelo Kinect, acessório do videogame Xbox 360, para capturar os movimentos dos jogadores. O resultado é que, para onde o usuário olhar, o movimento dos olhos será reconhecido; o recurso vale para PCs e tablets, inclusive o novo sistema operacional da Microsoft, o Windows 8, que será mostrado na CES.

Embora na ocasião tenha sido possível controlar o novo Windows, a Tobii apresentou uma série de aplicações que funcionam com o olhar para o teste do G1. O rastreamento dos olhos utiliza uma série de sensores instalados em um monitor de computador ou TV, segundo Sara Hyléen, gerente de marketing da companhia. "Sensores infravermelhos monitoram o movimento dos olhos, e, para onde o usuário olhar, será como movimentar o mouse do PC".

O uso da tecnologia é muito natural. Após uma rápida calibragem, foi possível navegar por um álbum de fotos apenas olhando para as imagens. Ao fixar o olhar em uma fotografia por alguns segundos, ela se expandia na tela; para voltar, bastava olhar por algum tempo para a parte inferior da tela. Para mudar as páginas, era preciso apenas dar uma olhada nos cantos esquerdo ou direito do monitor. A utilização é tão simples que dispensou maiores explicações da executiva.

'Visão laser'Em seguida, foi apresentado um game em que o objetivo é destruir asteroides que podem se chocar contra a Terra. Para destruí-los, basta usar uma "visão laser", fixando os olhos nos pedregulhos que flutuam pelo espaço quanto maiores, mais tempo deve-se olhar para eles até transformá-los em pó.
Mesmo com uma utilização bastante simples e eficaz, o produto ainda está longe de ser comercializado nas lojas. "Ainda estamos na fase de protótipo, mas esperamos que o sensor seja colocado à venda nos próximos dois anos", afirma Sara. A intenção, segundo ela, é disponibilizar o sensor inicialmente para deficientes físicos, facilitando o acesso deles à tecnologia.

Fonte: G1 Tecnologia