quinta-feira, 24 de maio de 2012

Google é contra ideia de criar filtros para pornografia

A gigante das buscas afirma que, bloqueando a pornografia, tira a responsabilidade dos pais.

O governo britânico fez recentemente uma proposta para que fossem criados filtros com o intuito de bloquear a pornografia na internet. No entanto, a gigante Google pareceu não ter gostado muito dessa ideia e se opôs com a justificativa de que, com os filtros, eles estariam incentivando a censura na rede e também pais preguiçosos, que não tomam conta de seus filhos enquanto eles se divertem online.

Em resposta, a chefe do Departamento de Políticas Pública do país, Sarah Hunter, diz acreditar que educar os pais sobre como manter a segurança de seus filhos online deve ser o enfoque de todo o debate. "Nós acreditamos que as crianças não devem ver pornografia online. Nenhum de nós quer que elas não estejam seguras na internet. Discordamos com os mecanismos no qual as protegemos atualmente", declarou durante uma conferência organizada pela Google. "Não é assim tão fácil. Muitas das soluções que estão sendo discutidas não são perfeitas. Achamos que deve haver uma revisão de valores dos pais", disse Andrew Heaney, diretor executivo do Google na Inglaterra.

Algumas empresas de segurança online oferecem sistemas que permitem aos pais bloquear conteúdo adulto em seus computadores domésticos (controle parental). Ainda assim,  o Google diz que provedores de acesso à internet não devem ser forçados a bloquear seus conteúdos. "Depois de censurar, não pode voltar atrás", disse Heaney.

Kirsty Hughes, diretor executivo da Index on Censorship, também defende a não-privatização da liberdade de expressão na web. "Estamos falando de gente como a Síria e a China, quando falamos sobre censura na internet".

Fonte: IDG Now