O mercado brasileiro de segurança privada e transporte de valores movimenta mais de 11 bilhões de reais por ano, segundo dados da última Pesquisa Anual de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicada em 2006. O setor, de acordo com o estudo, concentra um total de mais de três mil empresas e emprega quase 500 mil pessoas.
É neste contexto que atua o grupo Nordeste, conglomerado de empresas formado pela Nordeste Segurança, Transbank e Soservi. As duas primeiras prestam serviços de transporte de valores e segurança patrimonial, pessoal e eletrônica. A Soservi oferece mão-de-obra especializada em serviços de limpeza e conservação, portaria e vigilância.
No ano passado, a companhia comemorou resultados históricos. Após a aquisição da Transforte Alagoas, empresa de segurança que atua nos estados de Alagoas, Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe, o grupo registrou faturamento de 950 milhões de reais, um crescimento de 15% em comparação ao ano anterior. A projeção para 2009 era ultrapassar a barreira de 1 bilhão de reais em receita.
A companhia chegava a números expressivos: 28,5 mil funcionários, uma frota de 800 veículos e atuação em 19 estados brasileiros. Somente em 2008 foram conquistados 1,4 mil clientes. Os planos, no entanto, mudaram. Em julho deste ano, o grupo Nordeste decidiu concentrar suas forças nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul do País, vendendo para a concorrente Prosegur a operação da Norsergel, companhia de transporte de valores e vigilância sediada na região Norte, comprada pelo grupo em 2004.
Segundo a empresa, foi uma decisão estratégica, com objetivo de consolidar a liderança regional, valorizar os ativos e buscar novas oportunidades de aquisições nas regiões de interesse. Com a mudança, a companhia reduziu o número de funcionários para 23 mil e a expectativa de faturamento neste ano, que deve ficar em 700 milhões de reais. “Foi uma adequação de tamanho”, afirma o gerente de tecnologia da informação e telecomunicações do grupo, Isaac Pessoa de Freitas.
Essa adequação passa também pela área de tecnologia, que está em um momento de intensa reformulação, visando aumentar a eficiência da infraestrutura de hardware e dos aplicativos. “Mudança é a palavra chave aqui. Estamos buscando um nível de desempenho que mantenha a empresa competitiva no mercado”, diz Freitas.
Mudar para melhor
As transformações começam com a atualização do data center da companhia. Por uma questão de eficiência, o grupo Nordeste mantém um data center próprio, que agora vai contar com 11 servidores do tipo blade (máquinas de tamanho reduzido que podem ser instaladas em racks) fornecidos pela HP. Freitas afirma que estava trabalhando com alguns servidores ultrapassados, de vários fornecedores. “Vamos fazer a migração gradualmente. Inicialmente, manteremos algumas máquinas da Dell, mais novas”, diz o gerente.
Neste momento, a virtualização de servidores ainda não é uma realidade para o grupo. A tecnologia, de acordo com Freitas, será incorporada no próximo ano, quando o data center estiver funcionando a pleno vapor. O foco agora está em alcançar a máxima disponibilidade do ambiente.
O segundo grande ponto de transformação na infraestrutura tecnológica da empresa é a migração de parte das aplicações do banco de dados SQL, da Sun, para banco de dados Oracle. O gerente explica que a mudança se faz necessária por conta a atualização do sistema de gestão empresarial do grupo.
Fonte: IDG Now!