quarta-feira, 7 de agosto de 2013

IBM se une ao Google para alavancar venda de chips


A IBM anunciou uma parceria com o Google e outras empresas do segmento para licenciar a tecnologia de chip IBM Power. O consórcio, denominado OpenPower Consortium, vai fabricar servidores, redes e tecnologias de armazenamento baseada em chips para nuvem.

Hardware e software, de propriedade da IBM, estarão abertos para desenvolvimento e licenciamento de terceiros, informou a empresa em comunicado.

Segundo a Reuters, a aliança está disponível a qualquer companhia que queira inovar na plataforma. Até o momento, a designer de chips israelense Mellanox, a norte-americana Nvidia e a taiwanesa Computer Corp estão participando.

A Big Blue concorre com a Intel e a AMD no segmento de chips. A briga, aqui, é pelo mercado de servidores. Nesse setor, a tecnologia x86 (a mesma que equipa a maior parte dos computadores pessoais), tem 98% de participação. Os outros 2% são dominados principalmente pela IBM e sua tecnologia Power voltada a servidores high-end, usados para aplicações críticas. O problema da Big Blue é que sua fatia vem diminuindo ainda mais, e a lucratividade também.

O último trimestre registrou uma queda de 25% nos lucros em relação ao mesmo período do ano passado. A nova estratégia é uma tentativa de resposta ao problema. A ideia é ampliar o número de usuários da plataforma, por meio do licenciamento dos desenhos. O alvo da IBM é claro: trazer para o seu lado da mesa empresas de internet. O primeiro grande aliado é nada menos que o Google - o que, por si só, já faz com que a iniciativa ganhe peso. O gigante de buscas, no entanto, não entrou em detalhes sobre o quanto de sua infraestrutura deve ser migrada da tecnologia x86 para a tecnologia Power.

"Pela primeira vez os hardware e software Power estarão disponíveis para desenvolvimento, assim como o Power IP poderá ser licenciado por terceiros. A ideia é expandir o ecossistema de inovação da plataforma", disse a porta-voz da companhia. "O consórcio tem o potencial de estabelecer a arquitetura Power como uma opção viável para aplicações em execução dentro do centro de dados do Google". 

Fonte: Olhar Digital