Enquanto cada vez mais países fazem a transição para o 4G, é difícil
achar alguém realmente satisfeito com a qualidade da cobertura 3G no
Brasil. Para melhorar a situação, operadoras mundo afora estão
procurando soluções híbridas para atacar o problema, e a TIM seguiu a
receita: se não dá pra oferecer cobertura boa em todo lugar, a ideia é
usar Wi-Fi o máximo de tempo possível. O 3G será exceção, ao menos em
um projeto piloto na Rocinha.
O Tim Wi-Fi distribuirá 25 hotsposts de rede Wi-Fi pela Rocinha até
o fim de janeiro que, segundo a operadora, cobrirá toda a área de 95
hectares da comunidade. A grande sacada do sistema é uma nova
tecnologia que permite que o cliente da operadora (dos planos
Infinity-pré e Libery) já seja reconhecido pela rede Wi-Fi sem precisar
de qualquer login. A autenticação automática permite a troca de redes
conforme a necessidade, o que é bem prático.
O plano da TIM é fazer uma rede 3G/Wi-Fi com 10 mil hotspots pelo
Brasil usando a estrutura de redes fixas, como da Intelig e da AES
Atimus, empresa com uma rede de fibra-ótica que comprou recentemente.
Não é uma solução ideal, é claro, mas acho um remendo viável. Em todas
as conversas que tive com executivos de operadoras no Brasil, vi tantas
reclamações deles quanto de nós clientes. Falta espectro de banda,
falta investimento conjunto das operadas para melhorar o backbone ou
pessoas dispostas a pagar planos mais caros que facilitem a transição
para velocidades mais rápidas. Hoje sobra capacidade de processamento
nos smartphones. Faltam redes decentes. Quanto mais tempo puder ficar
no Wi-Fi, melhor.
Fonte: Gizmodo